
Curvas do Rio
Elomar Figueira Melo
Migração e saudade em "Curvas do Rio" de Elomar Figueira Melo
"Curvas do Rio", de Elomar Figueira Melo, retrata de forma direta o drama do sertanejo nordestino diante da seca e da necessidade de migrar para sobreviver. O uso do dialeto regional, com expressões como “Vô corrê trecho” e “Vô percurá uma terra pr'eu podê trabaiá”, aproxima o ouvinte da realidade de quem precisa deixar sua terra natal, reforçando a autenticidade da narrativa. O trecho “Foi na Monarca a primeira dirrubada / Dêrna d'então é Sol é fogo é tái d'inxada” marca o início das dificuldades, evidenciando o trabalho árduo e a luta constante contra a seca e a pobreza.
A saudade e a esperança de retorno aparecem nos versos “Me ispera, assunta bem / Inté a bôca das água qui vem / Num chora conforma mulê / Eu volto se assim Deus quiser”. A promessa de voltar para as “curvas do rio” simboliza o desejo de reencontrar a família e a esperança de dias melhores, além de mostrar o forte vínculo afetivo com a terra de origem. A canção também se destaca pela fusão de elementos medievais e ibéricos, presentes na musicalidade e na construção poética, mas sempre ancorados na oralidade sertaneja. Assim, "Curvas do Rio" vai além do relato individual e retrata um fenômeno social recorrente no Nordeste: a migração forçada pela adversidade, sem nunca romper o laço com o lugar de origem.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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