
O Pedido
Elomar Figueira Melo
Cotidiano e saudade no sertão em “O Pedido” de Elomar
Em “O Pedido”, Elomar Figueira Melo transforma uma simples lista de compras em um retrato sensível da vida sertaneja. A escolha de palavras como “fêra” (feira), “fulô” (flor), “nuvelo” (novelo) e “carmim” (batom) traz à tona o vocabulário regional e arcaico do sertão nordestino, criando uma atmosfera de intimidade e pertencimento. Ao pedir itens cotidianos como “um pacote de misse” e “ruge e carmim”, a letra revela desejos simples, mas cheios de significado emocional, mostrando como pequenas coisas ganham valor em um contexto de escassez e saudade.
A canção também mistura o cotidiano rural com elementos do imaginário popular, como no trecho em que o “home Feitecêro e curadô” se transforma em “lubisome cumedô” após a meia-noite. Essa fusão de realidade e fantasia reforça o tom nostálgico e lúdico da música, além de evidenciar a influência das tradições ibéricas e medievais presentes na obra de Elomar. O verso “Ai sôdade...” resume o sentimento central da canção: a saudade de tempos, pessoas e experiências que marcaram a vida no sertão, tornando cada pedido um elo afetivo com o passado e com a cultura sertaneja.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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