
Violeiro
Elomar Figueira Melo
Liberdade e resistência sertaneja em “Violeiro” de Elomar
Em “Violeiro”, Elomar Figueira Melo apresenta a história de um violeiro que recusa a oferta do rei João, mesmo após cantar "o dia intero" nas portas do castelo. Essa recusa simboliza a rejeição ao poder e ao materialismo, destacando que, para o violeiro, liberdade, amor e a alegria de tocar valem mais do que dinheiro ou status. O refrão reforça essa ideia: “Amor, furria, viola, nunca dinheiro / Viola, furria, amo, dinheiro não”, mostrando que a verdadeira recompensa está na vivência da arte e na simplicidade.
A letra utiliza o dialeto regional do sertão baiano, com expressões como “furria” (alegria) e “lijêra e moirão” (tipos de cantoria), aproximando o ouvinte da cultura popular nordestina. Elomar mistura referências do romanceiro medieval ibérico, como o castelo e o rei, com elementos do cancioneiro nordestino, criando uma ponte entre o erudito e o popular. Nos versos “Beleza na pobreza é que vim vê / Vim vê na procissão do Louvado-Seja / E o assombro das casa abandonada”, a música valoriza a beleza encontrada na vida simples e na devoção à arte.
A figura do violeiro é celebrada como alguém que, mesmo sem dinheiro, segue cantando “até morrê o bem do amor”, mostrando que a paixão pela música e pela vida simples supera qualquer dificuldade material. “Violeiro” se torna, assim, um manifesto de resistência cultural e valorização das raízes sertanejas, exaltando a dignidade e a liberdade do artista popular.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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