Marcha do Cinquentenário

Irreverência e crítica social em “Marcha do Cinquentenário”

“Marcha do Cinquentenário”, de Emanuel Moura, chama atenção pelo tom irreverente e explicitamente sexual, marcado por uma linguagem direta e metáforas exageradas. O artista, conhecido pelo humor satírico, utiliza descrições gráficas e debochadas para abordar a sexualidade sem filtros, transformando o tema em algo quase carnavalesco. O título faz referência às tradicionais marchas populares, sugerindo uma celebração que mistura festa, sátira e crítica social.

A letra traz imagens fortes, como “caralho enfeitado com argolinhas e anzois” e “picha de 35”, criando um ambiente de ostentação sexual e escárnio. Trechos como “menina fodeu de cona a sau léu / foi regada com orvalho / lavou se na doca” misturam humor e duplo sentido, sugerindo tanto a iniciação sexual quanto a liberdade de viver experiências sem repressão. O refrão destaca a transformação da personagem feminina, que “já se fez mulher” e agora “o que ela quer é levar no cu, é louca”, ironizando padrões e tabus sociais. Expressões como “faz broches biberom” e “gemadas no céu da boca” reforçam o tom escrachado, tornando a música uma sátira aberta à moralidade tradicional e aos discursos conservadores sobre sexualidade.