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Mandume (Ao Vivo)

Emicida

LetraSignificado

    Para, para, para, para
    Para, para, para

    Eles querem que alguém
    Que vem de onde nóiz vem
    Seja mais humilde, baixe a cabeça
    Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
    (E eu) quero é que eles se
    Eles querem que alguém
    Que vem de onde nóis vem
    Seja mais humilde, baixe a cabeça
    Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
    (E eu) quero é que eles se

    (Nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

    [Drik Barbosa]
    Porque eu sou Tempestade, mas entrei na mente, tipo Jean Grey
    Xinguei, quem diz que mina não pode ser sensei?
    Ginguei, sim, sei, desde a Santa Cruz, playboys
    Deixei em choque, tipo Racionais, hey boy
    Tanta ofensa, luta intensa nega a minha presença
    Chega! Eu sou voz das nega que integra resistência
    Truta, rima a conduta, surta, escuta, vai vendo, e
    Tempo das mulher fruta, eu vim menina veneno
    Sistema é faia, gasta, arrasta Cláudia que não raia
    Basta de Globeleza, fi-fi-firmeza? Mó faia
    Rima pesada basta, eu falo memo, igual Tim Maia
    Devasta esses otário, tipo calendário Maia
    Feminismo das preta bate forte, mó treta
    Tanto que hoje cês vão sair com medo de bu-
    Drik Barbosa, não se esqueça
    Se os outros é de tirar o chapéu, nóis é de arrancar as cabeça

    [Coruja BC1]
    Aê, alguém avisa o Feliciano
    Que a maldição da África foi o europeu cristão caucasiano
    Mancha de sangue na batina real
    Constantino foi tipo Edir Macedo dos tempos feudal
    Queima de arquivo, não batismo
    Que a igreja não cita
    Faz te lembrar de Joana Dark, mas não fala sobre Kimpa Vita
    Aonde o caos levita, cê não entendeu
    E o que é diabo perto do homem que matou em nome de Deus
    O ano era 1500, os português pisaram aqui
    Rezaram a missa, pra iniciar a caça ao povo Tupi
    Invasão por lucro, da realeza blasé
    Tataravô dos mesmos que hoje critica o MST
    No país das perna aberta, política é futebol
    Legaliza, desvia verba, crime é portar Pinho Sol
    Que guindaste suporta esse peso?
    E pra num ser 4: 20, um jovem negro um dia foi preso

    [Amiri]
    Mas, mano, sem identidade somos objeto da história
    Que endeusa herói e forja, esconde os retos na história
    Apropriação há eras, desses tá repleto na história
    Mas nem por isso que eu defeco na escória
    Pensa que eu num vi?
    Eu senti a herança de Sundi
    Ata, não morro incomum e
    Pra variar, herdeiro de Zumbi
    Segura o boom, fi
    É um e dois e três e quatro, não importa, já que querem eu cego
    Eu tô pra ver um daqui sucumbir (não)
    Pela honra vinha Man-
    Dume: Tira a mão da minha mãe
    Farejam medo? Vão ter que ter mais faro
    Esse é o valor dos reais: Caros
    Ao chamado do alimamo: Nkosi Sikelel, mano
    Só sente quem teve banzo
    Eu não consigo ser mais claro!
    Olha pra onde os do gueto vão
    Pela dedução de quem quer redução
    Respeito, não vão ter por mim?
    Protagonista, ele é preto, sim
    Pelo gueto, vim mostrar o que difere
    Não é a genital ou o macaco! Que fere
    É igual me jogar aos lobos
    Eu saio de lá vendendo colar de dente e casaco de pele

    [Rico Dalasam]
    Memes de negro é: Me inspira a querer ter um rifle
    Memes de branco é: Não trarão de volta Yan, Gamba e Rigue
    Arranca meu dente no alicate
    Mas não vou ser mascote de quem azedar marmita
    Sou fogo no seu chicote
    Enquanto a pessoa for morte, pra manter a ideia viva
    Domado eu não vivo, eu não quero ser o crivo
    E ver minha mãe jogar rosas, ô
    Sou cravo vivido dentre os espinhos treinados com as pragas da horta
    Pior que eu já morri tantas, antes de você me encher de bala
    Não marca, nossa alma sorri
    Brilhar é resistir nesse campo de fardas, ô

    [Emicida & Drik Barbosa]
    Eles querem que alguém
    Que vem de onde nóis vem
    Seja mais humilde, baixe a cabeça
    Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
    (E eu) quero é que eles se
    Eles querem que alguém
    Que vem de onde nóis vem
    Seja mais humilde, baixe a cabeça
    Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
    (E eu) quero é que eles se

    (Nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

    [Muzzike]
    Banha meu símbolo, borda meu manto, que eu vou subir como rei
    Cês vive da minha cicatriz, eu tô pra ver sangrar o que eu sangrei
    Com a mente a milhão, livre como Kunta Kinte, eu vou ser o que eu quiser
    Tá pra nascer playboy pra entender o que foi ter as correntes no pé, uh
    Falsos quanto Kleber Aran, os vazio abraça
    La Revolução tucana, hip-hop reaça
    Doce na boca, lança perfume na mão, manda o mundo se foder
    São os nóia da Faria Lima, jão, é a Cracolândia blasé
    Aê, Jesus de polo listrada, no corre, corte degradê
    Descola o poster do 2Pac, que cês nunca vão ser
    Original favela, Golden Era, rua no mic
    Hoje os boy paga de drão, ontem nóiz tomava seus Nike
    Os vira-lata de vila e os pitbull de portão
    Muzzike, filho de faxineira, eu passo o rodo nesses cuzão
    Ando com a morte no bolso, espinhos no meu coração
    As hienas tão rindo de quê, se o rei da savana é o leão?

    [Raphão Alaafin]
    Canta pra saldar, negô, seu rei chegou
    Sim, Alaafin, vim de Oyó, Xangô
    Daqui de Mali, pra Cuando, de Yorubá ao banto
    Não temos papa, nem na língua ou em escrita sagrada
    Não, não na minha gestão, chapa
    Abaixa sua lança-faca, espingarda faiada
    Meia-volta na barca, Europa se prostra
    Sem ideia torta, no rap, eu vou na frente da tropa
    É, sem eucaristia no meu cântico
    Me veem na Bahia em pé, dão ré no Atlântico
    Tentar nos derrubar é secular
    Hoje, chegam pelas avenidas, mas já vieram pelo mar
    Oya, todos temos a bússola de um bom lugar
    Uns apontam pra Lisboa, eu busco Omongwa
    Se a mente daqui pra frente é inimiga
    O coração diz que não está errado, então, siga

    [Emicida]
    Dores em Loop-cínio, os cult-cinio, quê?
    Ao ver o Simonal que cês não vai foder
    Grande, tipo Ron Mueck, morô muleque? Zé do Caroço
    Quer Photoshop melhor que dinheiro no bolso?
    Vendo os rap vender igual Coca, fato
    Não, não, melhor, entre nóiz não tem cabeça de rato
    É Brasil, exterior, capital, interior
    Vai ver nóis gargalhando com o peito cheio de rancor
    Como prever que freestyles, vários necessários
    Vão me dar a coleção de Miley Cyrus
    Misturei Marley, Cairo, Harlem, Pairo, firmeza?
    Tipo Mario, entrei pelo cano mas levei as princesas
    Várias diss, não sou santo, ímã de inveja é banto
    Fui na Xuxa pra ver o que fazer, se alguém menor te escreve tanto
    Tô pelo adianto e a favela, entendeu?
    Considere, se a miséria é foda, chapa, imagina eu
    Scorsese, minha tese, não teme, não deve, tão breve
    São só vitórias do gueto, luz pra quem serve
    Na trama, conhece os louro da fama
    Ok, agora olha os preto, chama!

    (Nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

    [Rashid]
    Caminhando contra o vento, censo
    Sem documento e lenço
    Vi suas linha cair pra direita, tipo um pipa penso
    No clima tenso, eu venço em batalhas, vida e freestyle
    E o mais perto que cê chegou disso foi um 8 Mile
    Antes de ser cool, Kool Herc, Hip-hop
    Que uns conheceram ontem no Get Down, eles são Hype-Hop
    Nas tropicália de censura no ato
    Contra quem tá com a mente em 2964
    Fazem piada e a mira tá pra cá
    É a nova KKK, cês riem: Kkk
    Usam frase do movimento pra vender papel higiênico
    Tiração, me faz lembrar quão merda os racistas são
    Pega a visão black
    Minha tinta no papel vale milhão
    Parece que eu componho no talão de cheque
    Da lama pra primeira classe, chamem de progresso
    Mas não quero só cinco estrelas, eu quero o universo

    Eles querem que alguém
    Que vem de onde nóis vem
    Seja mais humilde, baixe a cabeça
    Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
    Eu quero é que eles se (foda)
    Eles querem que alguém
    Que vem de onde nóis vem
    Seja mais humilde, baixe a cabeça
    Nunca revide, finja que esqueceu a coisa toda
    Eu quero é que eles se

    (Nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca deu nada pra nóis, caralho, caralho)
    (Nun-nun-nunca lembrou de nóis, ca-ca-caralho, caralho)

    Composição: Amiri / Coruja Bc1 / Drik Barbosa / Emicida / Muzzike / Raphão Alaafin / Rashid / Rico Dalasam. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Julia. Legendado por Cauã. Revisões por 2 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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