I Am The Black Wizards

Poder ancestral e transcendência em “I Am The Black Wizards”

Em “I Am The Black Wizards”, do Emperor, a letra explora a ideia de um poder absoluto e coletivo, onde o narrador afirma repetidamente: “I am them” (“Eu sou eles”). Isso sugere que ele não é apenas um líder, mas a própria personificação de um império sombrio, reunindo em si as almas e a vontade de todos os feiticeiros que o servem. O texto destaca temas como domínio sobrenatural, esoterismo e a existência de um império eterno, habitado por “almas negras” e “feiticeiros” que perpetuam sua influência ao longo dos séculos.

A música cria uma atmosfera épica e obscura, com imagens de “mountains eternally black” (“montanhas eternamente negras”), “bottomless lakes” (“lagos sem fundo”) e “ancient caves” (“cavernas ancestrais”). Essas referências remetem tanto à mitologia do black metal quanto à fantasia sombria inspirada por Tolkien, presente na arte do álbum. O narrador se apresenta como uma entidade atemporal, capaz de viajar pelo tempo e reunir sabedoria perdida: “I travel through time and I return to the future / I gather wisdom now lost” (“Viajo pelo tempo e retorno ao futuro / Reúno sabedoria agora perdida”). Trechos como “prison of hate” (“prisão de ódio”) e “feast upon the screaming souls” (“banquete sobre as almas que gritam”) reforçam o caráter implacável e quase demoníaco desse poder, que se alimenta do sofrimento e da destruição.

A sonoridade grandiosa e agressiva do Emperor intensifica o sentimento de majestade sombria, tornando “I Am The Black Wizards” um verdadeiro manifesto do black metal sinfônico. A música simboliza a busca por transcendência, domínio e imortalidade, unindo indivíduo e coletivo, passado e futuro, mito e realidade.