444 (remix) (part. Yan Block, De La Rose y Hades66)

Conexão de gerações e poder em “444 (remix) (part. Yan Block, De La Rose y Hades66)”

“444 (remix) (part. Yan Block, De La Rose y Hades66)”, de Ñengo Flow, destaca-se por reunir diferentes gerações do trap porto-riquenho, tanto na sonoridade quanto na letra. A música utiliza a intensidade do desejo sexual como metáfora para a ligação entre passado, presente e futuro do trap, mostrando a continuidade e evolução do gênero. Frases como “tú siempre va' a llamar y yo voy a responderte” reforçam a ideia de lealdade e reciprocidade, não apenas em relacionamentos, mas também entre os artistas e a cultura do trap.

A letra é direta e explícita, abordando desejo, prazer e poder, mas também faz referência à ostentação e ao perigo, como em “Siempre oculto, Illuminati, en la Ducati, yeah / Por Miami, yeah”. O videoclipe amplia esse universo ao trazer simbolismos maçônicos, referências à série “Breaking Bad” e uma gangue feminina misteriosa, sugerindo mistério, rebeldia e autonomia feminina. De La Rose, por exemplo, assume o controle em sua parte, desafiando padrões tradicionais de submissão.

A música também explora duplos sentidos, misturando violência e erotismo em versos como “apúntame a la chola con mi pistola y dime papi” e “esa pistola, pónmela en la boca”. Essas frases funcionam tanto como metáforas sexuais quanto como referências ao universo do crime, reforçando a autenticidade e ousadia dos artistas. Assim, a faixa celebra o prazer, a liberdade e a identidade do trap porto-riquenho, mantendo-se fiel às raízes do gênero e apontando para o futuro.