Mentirosa

Desejo e desconfiança em "Mentirosa" de ÉoDan

"Mentirosa", de ÉoDan, explora a tensão entre atração e desconfiança em um relacionamento marcado por intensidade e jogo de sedução. A parceira é chamada de "mentirosa", mas também comparada à "Globeleza", ícone de beleza e sensualidade no Brasil. Esse contraste aparece em versos como “O foda é ser tão mentirosa, mas no fim ser globeleza / Ela sai impune”, mostrando que, apesar das mentiras, o poder de sedução dela faz com que ele sempre acabe cedendo.

A música utiliza metáforas como "caliente" e "esquento tipo fogo", além de referências à cultura pop, como "Speed Racer" e "Zelda", para criar um clima moderno e urbano. Elementos do universo "maloqueiro" e da identidade brasileira, como "camisa do brasa" e o gingado que conquista até as "gringa", aproximam a narrativa do cotidiano jovem, onde festas, bares e aplicativos fazem parte do cenário. O tom direto, com gírias e duplos sentidos – por exemplo, “não explana na live que eu te comi com hashi” – reforça que o romance é intenso, passageiro e cheio de reviravoltas. No fim, "Mentirosa" fala sobre se entregar às paixões, mesmo sabendo dos riscos, e aceitar que, às vezes, a mentira faz parte do charme e da diversão.