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Termos e Condições (part. Emicida)

Erasmo Carlos

LetraSignificado

    Crítica à vida digital em "Termos e Condições (part. Emicida)"

    "Termos e Condições (part. Emicida)", de Erasmo Carlos, faz uma análise direta dos impactos da tecnologia e das redes sociais nas relações humanas. A música expõe como a promessa de conforto digital pode esconder armadilhas, como a alienação e a perda de privacidade. O verso “O conforto é uma arapuca de wall street / Onde alguns estão presos em postes / Outros em posts” usa um jogo de palavras para mostrar que, enquanto alguns ficam presos à infraestrutura da tecnologia, outros se veem aprisionados nas redes sociais, destacando o impacto psicológico desse novo ambiente. Referências a “notebooks e faces”, “snaps e chats” e “gadgets bons” reforçam a presença constante da tecnologia, enquanto a menção a “tudo é meio Jetsons” conecta a letra ao imaginário de um futuro automatizado, mas que traz desafios reais.

    A colaboração entre Erasmo Carlos e Emicida, feita à distância e mediada por tecnologia, reflete o próprio tema da música: relações humanas filtradas por telas e algoritmos. A letra critica a superficialidade das interações digitais, como em “A gente curte e deixa / Surte efeito / Surge sempre a dor”, sugerindo que o engajamento rápido nas redes sociais não supre a necessidade de conexão verdadeira, gerando um vazio emocional. A metáfora “os deuses moram junto dos backups / Numa nuvem poluída” ironiza a transferência de valores e memórias para o digital, questionando a segurança desse novo espaço. Ao afirmar que “o primeiro touchscreen foi de uma pessoa”, a canção relembra que o contato humano é anterior à tecnologia, reforçando a crítica à substituição das relações reais por interações virtuais.

    A participação de Emicida aprofunda a crítica, especialmente ao abordar o uso do ódio como combustível para a sociedade digital e a influência da inteligência artificial sobre os sentimentos humanos. O trecho “O digital desossa o indivisível / E se a locomotiva aqui pegamos pro futuro / Usar o ódio como combustível” alerta para o risco de desumanização e fragmentação das relações, enquanto “a inteligência artificial piora tudo / E doma sentimentos nossos, tão nossos / Em cliques, cliques, cliques” evidencia a preocupação com a manipulação emocional promovida pelos algoritmos. Assim, a música questiona o preço da modernidade e a real qualidade das conexões humanas na era digital.

    O significado desta letra foi gerado automaticamente.


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