
Amigos do Tempo Antigo
Érlon Péricles
Laços e valores gaúchos em “Amigos do Tempo Antigo”
“O ajôjo que nos une nesse ritual primitivo” é a chave da canção: “ajôjo” (amarração de couro no lombo do cavalo) vira imagem do laço de amizade que une vidas e costumes. A letra nasceu na pandemia, quando Érlon Péricles se juntou a Elton Saldanha em um álbum que exalta os amigos de longa data e os valores do Rio Grande. “Ritual primitivo” e “cantiga da vida” remetem à roda de prosa e canto, onde a tradição mantém a amizade viva.
A promessa é direta: “se tiver peleia, conta comigo”. O refrão reforça a ideia — “Tem que se dar valor para os amigos, inda mais aqueles do tempo antigo” — enquanto a linguagem campeira traduz lealdade em atos: peleia (luta), rancho como casa aberta, esporas de aço como prontidão, “cavalo encilhado” (pronto para montar) e disposição para “bater estribo” e acompanhar o parceiro. Ao oferecer “um facão três listras” (facão de boa qualidade), “um quarto de chibo” (carne de bode), um abraço e um aperitivo, a voz lírica afirma que amizade se prova no gesto que sustenta corpo e ânimo. Expressões como “mano a mano”, “mesmo efetivo” e seguir junto no “tempo feio” unem o plano literal da lida (cavalo, facão, esporas) ao simbólico (coragem, honra, presença). No contexto da parceria Érlon–Elton — união de gerações, mestre e discípulo —, a letra também funciona como autorretrato: duas trajetórias que se “ajoujam” para guardar e repartir a tradição.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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