Mãe Solteira (part. DG e Batidão Stronda, MC Davi e MC G15)

Humor e ostentação em “Mãe Solteira (part. DG e Batidão Stronda, MC Davi e MC G15)”

A música “Mãe Solteira (part. DG e Batidão Stronda, MC Davi e MC G15)” de J. Eskine aborda, de forma irreverente e direta, os desafios e a força das mães solteiras. Logo no início, o verso “Já viu o preço do leite NAN? Tá mó caro / Dá quase pra comprar uma van, até um carro” usa o preço do leite infantil como símbolo das dificuldades financeiras enfrentadas por essas mulheres, trazendo um tom bem-humorado e realista. Ao mesmo tempo, o narrador se apresenta como alguém com dinheiro, disposto a proporcionar conforto e luxo, como mostra o trecho “Minha conta gorda, suave, que eu tô vivendo o meu auge / O pai te leva de nave, bebê, conforto no Audi, Audi”, reforçando o clima de ostentação típico do funk.

A letra também mistura respeito e sensualidade, especialmente na repetição de “Ela pede bença pro papai”, que traz um duplo sentido entre o tradicional e o provocativo. O verso “Ela engole, engole como fosse mamadeira” faz um jogo explícito entre o universo materno e a sexualidade, usando a mamadeira como metáfora, algo comum no funk ousado. A inspiração da música veio de conversas sobre o interesse de jovens por mães solteiras, o que explica o foco em exaltar a sensualidade e o poder dessas mulheres. Assim, a canção celebra a mãe solteira com humor, ostentação e sexualidade, ao mesmo tempo em que faz críticas sutis à paternidade ausente e valoriza a mulher independente.