Samba-Enredo 2026 - Hoje a Poesia Vem Ao Nosso Encontro: Paulo Cesar Pinheiro, Uma Viagem Pela Vida e Obra do Poeta Das Canções

Resistência e celebração em “Samba-Enredo 2026 - Hoje a Poesia Vem Ao Nosso Encontro: Paulo Cesar Pinheiro, Uma Viagem Pela Vida e Obra do Poeta Das Canções”

“Samba-Enredo 2026 - Hoje a Poesia Vem Ao Nosso Encontro: Paulo Cesar Pinheiro, Uma Viagem Pela Vida e Obra do Poeta Das Canções”, da Estrela do Terceiro Milênio, homenageia a trajetória de Paulo César Pinheiro, destacando sua resistência cultural e política. Versos como “Não tem mordaça que me diga não” e a menção à censura que “sucumbia às canções” remetem ao período da ditadura militar, quando Pinheiro e outros artistas enfrentaram repressão, mas usaram a música como forma de expressão e luta. O samba-enredo também ressalta a força coletiva e a esperança de transformação social, especialmente em “O dia em que o morro descer / E o povo vencer será poesia”, conectando a obra do poeta à luta das comunidades periféricas e ao Carnaval como espaço de resistência.

A letra mistura elementos biográficos de Pinheiro, como o início em rodas de samba e sua ligação com as raízes brasileiras, com referências à criação artística. O trecho “Fiz das raízes do país, canção / Abrindo livros desse meu Brasil” mostra o papel do compositor como cronista da cultura nacional. Ao citar a capoeira e a Bahia, como em “Firmar o seu berimbau” e “Capoeira jogar de Angola”, a música amplia seu universo simbólico, celebrando a diversidade da música popular brasileira. O refrão “A poesia venceu” reforça o tom inspirador do enredo, valorizando não só Pinheiro, mas todos os compositores que transformam a realidade em arte.