Frozen Time

Reflexão sobre o tempo e liberdade em “Frozen Time”

A música “Frozen Time”, da banda Eternus, aborda de forma direta a relação humana com o tempo, tratando-o como uma força superior e inevitável. O verso “We realize that the only God is time” (“Percebemos que o único Deus é o tempo”) evidencia essa visão do tempo como juiz supremo, acima de qualquer outra entidade. O título sugere o desejo de interromper esse fluxo, de escapar da rotina e da pressão constante da vida, como aparece em “Together we will stop, the time that locks us in the race of life” (“Juntos vamos parar, o tempo que nos prende na corrida da vida”). Essa busca por liberdade e ruptura com o cotidiano se conecta ao conceito do álbum “Labyrinth of Reason”, que propõe questionar limites e buscar novos caminhos para a existência.

A atmosfera da música é marcada por imagens melancólicas, como “the cold from past” (“o frio do passado”) e “the gray sky of the mind” (“o céu cinza da mente”), que remetem à introspecção e ao sentimento de aprisionamento emocional. Metáforas como “the numbers are fuzzy / And the handles don't rotate” (“os números estão borrados / e os ponteiros não giram”) indicam uma tentativa de negar ou transcender o tempo tradicional, buscando um estado em que passado, presente e futuro se misturam. O contexto da banda, que mistura elementos sinfônicos e metal, reforça a sensação de grandiosidade e conflito interno, enquanto a voz barítona de Omar Tabilo dá peso à reflexão sobre a passagem do tempo e o desejo de autonomia. Ao final, a música sugere uma nova filosofia, em que o tempo deixa de ser uma barreira e se torna uma oportunidade de reinvenção.