Marina, a Equilibrista
Euler Ferreira
Certa vez, há muito tempo atrás
Chegou nesta cidade um circo
Suas lonas cheias de remendos
Guardavam grandes atrações
Entre elas, uma equilibrista
Marina era o nome dela
Tinha grandes olhos de um azul
Que só se vê no céu, no mar
Fui ao circo com um amigo meu
Demétrius ele se chamava
E nós dois ficamos encantados
Com os dons da equilibrista
Mas demétrius era mais audaz
E seu amor lhe revelou
Ela o encarou com desdém
Lhe deu as costas e saiu
Devo investir no amor?
Devo investir no amor?
Será possível me convencer?
Devo investir no amor?
Com o tempo, pude perceber
Marina não me era alheia
Várias vezes eu me deparei
Com seu olhar furtivo em mim
Poderia ser prudente ou não
Abandonar o meu recanto
Pra seguir com essa vida errante
Como um serviçal qualquer?
Pois Demétrius não hesitou
Partiu pra longe com o circo
Nunca mais eu ouvi dizer
Pra onde foi a trupe inteira
Hoje me pergunto se eu errei
Por que não investi no amor?
Será que meu amigo conquistou
A afeição que eu recusei?
Devo investir no amor?
Devo investir no amor?
Será possível me convencer?
Devo investir no amor?
Será possível me convencer?
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