Fuba (Versão Feminina) (part. Girinha, G'Pamella, Khris Mc e Níria)

Empoderamento feminino e identidade em “Fuba (Versão Feminina)”

“Fuba (Versão Feminina) (part. Girinha, G'Pamella, Khris Mc e Níria)”, de Eva RapDiva, destaca a força das mulheres no rap angolano, um espaço historicamente dominado por homens. A música transforma esse cenário ao afirmar a presença e o talento feminino, como no verso de Eva RapDiva: “Com ou sem bolas bato todos em todas as fubas”, que desafia a ideia de que habilidade no rap depende de gênero. A expressão “encosta na parede” aparece como um desafio direto, mostrando a confiança e o domínio das MCs diante de quem as subestima.

O contexto da música é de resistência e afirmação coletiva. Khris Mc se apresenta como “Activista poetisa, profissa liricista que no rapper enfatiza”, ressaltando o papel de liderança das mulheres no movimento. G'Pamella rejeita rótulos ao afirmar: “Fode-se essa dica de Rap Feminino, nós somos MCs”, exigindo respeito igualitário. Níria utiliza metáforas como “minhas linhas dão galhetas” para mostrar o impacto de suas rimas, e faz referência ao MAPESS, sugerindo que está ali para promover mudanças estruturais no cenário do rap.

A letra traz trocadilhos e referências culturais angolanas, como “fuba” (farinha de milho, base do funge), que simboliza tanto a cultura local quanto a base criativa do rap dessas artistas. Assim, a música se consolida como um manifesto de empoderamento, mostrando que as mulheres não só pertencem ao rap, mas também o transformam com criatividade e força.