Machu Picchu (part. Camilo)

Amor e imperfeição em "Machu Picchu (part. Camilo)"

O verso “Yo tengo más ruinas que Machu Picchu” destaca um dos temas centrais da música: reconhecer as próprias imperfeições e vulnerabilidades, mas enxergá-las como algo valioso e digno de amor. Camilo explicou que a escolha de "Machu Picchu" como metáfora remete à beleza e profundidade que existem nas ruínas, sugerindo que até o que parece quebrado ou antigo pode ser admirado e amado. Essa ideia se conecta ao sentimento de surpresa e gratidão presente na letra, especialmente quando Evaluna canta “Mira qué cosa que ahora te tengo sin merecerte”, mostrando que o amor verdadeiro não exige perfeição nem máscaras.

A canção também explora a autenticidade do relacionamento, ao brincar com a ideia de que ambos se consideram “loucos” por se amarem apesar das falhas. O questionamento “Ay dime qué viste cuando me viste, sé sincero” (“Me diga o que você viu quando me viu, seja sincero”) revela a incredulidade diante do afeto recebido, enquanto versos como “He destruido mil planetas con cada cosa que he dicho” (“Destruí mil planetas com cada coisa que disse”) ampliam a autocrítica, mas também a aceitação. O videoclipe e os elementos andinos, como o charango e os mantos tradicionais, valorizam a cultura latino-americana e dão um tom íntimo à música. Apesar da polêmica sobre o título não ter ligação direta com a cidade inca, "Machu Picchu (part. Camilo)" celebra o amor que acolhe as imperfeições e transforma ruínas em tesouros afetivos.