FACAS E MACHADOS (part. Matuê e okie)

Conflitos e crítica social em “FACAS E MACHADOS” de FAB GODAMN

A música “FACAS E MACHADOS (part. Matuê e okie)” de FAB GODAMN utiliza o título para simbolizar não apenas armas, mas também os conflitos internos e externos enfrentados pelos artistas. As imagens recorrentes de "fogo" e menções a armas, como “Meu machado está atribulado”, “as M4A1” e “barulho da Uzi”, criam um clima de tensão constante, sugerindo que os personagens estão sempre próximos de situações extremas, tanto no sentido literal quanto no emocional.

A letra faz críticas claras ao materialismo e à superficialidade, como em “Ela só pensa em coisas fúteis” e nas referências a marcas de luxo como “Audemar”, “TAG Heuer”, “Balenci, Maison Mihara”. O uso de festas e substâncias aparece como uma tentativa de escapar dessa realidade acelerada e vazia, evidenciado em versos como “Preciso fumar alguns baseados” e “Fumo, eu fico estranho”. A citação a Bezerra da Silva conecta a música à tradição da crítica social brasileira, mostrando que, mesmo com um tom descontraído e urbano, há uma reflexão sobre questões sociais e culturais profundas. Dessa forma, “FACAS E MACHADOS” mistura ostentação, crítica social e introspecção para retratar a complexidade da vida urbana contemporânea.