Mal Necessário
Fabiano Medeiros
Sou um homem, bicho, uma mulher
Sou a mesa e as cadeiras desse cabaré
Sou o seu amor profundo
Sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima
Mas você não deixa
Sou a sua voz que grita
Mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta
Quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas
Nos lares, na lama
Sou o novo, sou o antigo
Sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta
O que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado
Sou o que divide
O que não tem duas partes
Na verdade existe
Oferece a outra face
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama
Nos lares, nas camas
Sou o novo, sou o antigo
Sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo
Sou o certo, sou o errado
Sou o que divide
O que não tem duas partes
Na verdade existe
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares
Na lama
Nos lares
Na cama!
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