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Aiyra Ibi Abá

Fabio Brazza

LetraSignificado

    Homem branco chegou aqui
    E me perguntou:
    Quanto custa essa terra
    Só falar que eu te dou
    Mas eu não entendi
    Índio não entende
    Minha terra é minha mãe
    E a mãe não se vende

    Eu agradeço a mensagem cálida, mas cara pálida
    Sua proposta não é válida
    A vida não é propriedade de quem vence a guerra
    A terra não pertence ao homem
    O homem que pertence a terra
    E é ai que você erra, pois não se pode comprar
    a clareza da agua a pureza do ar
    Não sou dono de nada, nada disso é meu
    Tudo isso é um presente que a natureza nos deu
    Veja bem esse Rio é sagrado pra nós
    Ele que matou a sede dos nossos avós
    Ele corre em nós, como o sangue na veia
    É da seiva do solo que sai nossa ceia
    Receio, que ainda assim você não entenda
    Já que em sua sociedade tudo esta a venda
    Mas índio se defende e índio não se rende
    Pois a honra para nós não é uma questão de renda
    Homem branco chegou aqui
    E me perguntou
    Quanto custa essa terra
    Só falar que eu te dou
    Mas eu não entendi
    Índio não entende
    Minha terra é minha mãe
    E a mãe não se vende

    Veja na natureza não há cobiça
    A gente tira o que precisa, nada se desperdiça
    Dizem que Índio tem preguiça, mas é que não é normal
    É o cumulo tamanho acumulo de capital
    Esse mundo tá doente, perdido
    Se não posso deixar posse
    apenas passo a lição do ente querido
    Não faz sentido, trabalhar a vida inteira
    Por coisas que cedo ou tarde vão parar numa lixeira
    Não, eu não entendo a sua maneira de vida
    Seu progresso não passa de uma manobra suicida
    Meu povo vive em igualdade e liberdade
    E você chama sua sociedade evoluída?

    Aiyra Ibi Aba, Aiyra Ibi Aba
    Aiyra, Aiyra Ibi Aba

    Ultimamente quando ando pela terra
    Escuto o prenúncio de uma guerra
    Do homem que mata
    Do ferro que berra
    Do grito aflito da mata oculto
    Pelo ranger da moto serra
    Senhor, se for tomar essa terra lhe peco o favor
    Que ensine seus filhos a trata-la com amor
    Mas se for para manchar
    E destruir a terra que eu nasci
    Antes de partir, me enterra aqui
    Porém saiba que ainda que eu me vá, meu povo viverá
    Pois somos um pedaço da alma deste lugar
    E quando a última arvore tombar
    O homem branco vai perceber
    Que dinheiro não se pode comer
    Ai você vera; eu e você somos iguais
    Temos a mesma alma que as plantas e os animais
    Da terra viemos e pra ela iremos voltar
    Mas até lá já será tarde demais

    Aiyra Ibi Aba, Aiyra Ibi Aba
    Aiyra, Aiyra Ibi Aba


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