
Aiyra Ibi Abá
Fabio Brazza
Relação sagrada com a terra em "Aiyra Ibi Abá"
"Aiyra Ibi Abá", de Fabio Brazza, aborda de forma clara o contraste entre a visão indígena e a ocidental sobre a terra. O título, em tupi, já indica a centralidade da cultura indígena e reforça a ideia de que a terra é sagrada, não uma mercadoria. O verso “Minha terra é minha mãe / E a mãe não se vende” resume o sentimento de pertencimento e respeito dos povos originários, em oposição à lógica de compra e venda imposta pelo colonizador. A inspiração da música vem da resistência dos povos indígenas diante da exploração e comercialização de suas terras, e a participação do grupo Mato Seco reforça o tom de denúncia social e valorização cultural.
A letra utiliza metáforas diretas para criticar a sociedade capitalista, como em “Não sou dono de nada, nada disso é meu / Tudo isso é um presente que a natureza nos deu”, mostrando que, para os indígenas, a terra e seus recursos são dádivas coletivas, não propriedades individuais. O trecho “Esse mundo tá doente, perdido / Se não posso deixar posse / apenas passo a lição do ente querido” destaca que o verdadeiro legado é o respeito à natureza, não bens materiais. A música também alerta para as consequências da destruição ambiental, como em “Quando a última árvore tombar / O homem branco vai perceber / Que dinheiro não se pode comer”, frase que ecoa um provérbio indígena e reforça a crítica à ganância. Assim, "Aiyra Ibi Abá" se apresenta como um manifesto de resistência, orgulho e esperança na preservação da conexão com a terra.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Fabio Brazza e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: