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Big Bang

Fabio Brazza

LetraSignificado

    Eu vejo uma luz efêmera
    Sair da câmara
    Seria a lâmpada?
    Seria a lâmina?
    Seria alguma cobra lá
    A cólera de andrômeda?
    Seria alguma víbora
    Com sua presa posta feito vírgula
    A jorrar veneno da mandíbula
    A síntese maligna, colega de calígula
    Mostrando sua amídala uma cena esdrúxula
    Eu vi a mágica, mas não havia nenhum bruxo lá
    E eu não posso cochilar, que pode ser um Drácula
    Um crápula, um homem sem escrúpulo
    Faz tudo pelo lucro e o desejo de cópula
    Eu não perco o foco lá
    Perco a nota, mas não perco a ópera
    E quem nunca beberá, do copo da soberba
    Só beba um gole e fico ébrio
    Mas eu me sinto sóbrio
    Um dia esse hábito, vai me levar ao óbito
    Não sou nenhum Heráclito, filósofo
    Para saber que o fim é próximo

    Um dia o Sol virá
    E feito um fósforo
    Transformará tudo em pólvora
    E o povo lá
    Vendo na areia o sal quebrar
    E o oceano engolir o mundo feito pálpebras
    É o fim de qualquer dogma de qualquer álgebra
    Pitágoras e báskara
    Será o apocalipse
    E algum eclipse à cobrir a noite feito máscara
    E não será metáfora
    E não haverá células
    Talvez uma partícula
    Vagando por ai feito libélula
    Como se fosse o fim de uma película
    Dessa vida ridícula
    Incrédula, estúpida

    Não me culpe tá? Se amanhã não houver música
    Se tudo se acabar
    Numa década
    Num século
    E algum ser acéfalo
    Em algum canto nascerá
    Será um ser tão ínfimo
    E tão supérfluo
    Algum mamífero?
    Um réptil?
    Um ser intrépido
    Alguma bactéria
    Que criará um cérebro
    Com veia e artéria
    Matéria de amalgama
    Em algum pântano
    Com alma pra criar um amago
    Esôfago, estomago
    E o fígado e o fogo do olimpo
    De algum prometheus
    Será filho de Deus

    O sopro de uma luz tão nítida
    Que ninguém preverá
    Nenhum oráculo, horóscopo
    Binóculos tão ótimos, capaz de ver um átomo
    Será tão rápido
    Não haverá cronômetro
    Será algum fenômeno
    Que ninguém saberá
    Não estará escrito no versículo capitulo da fábula
    No paralelepípedo da lápide, da távola e etecetera
    Não passará de uma parábola
    E o tempo parará no ar que nem um helicóptero
    Prenunciando a véspera de algum futuro próspero de alguma vida áspera a nos esperar!

    Composição: Fábio Brazza. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Buchecha. Revisões por 3 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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