Eu Só Sei Que Foi Assim (part. Caju e Castanha)

Humor e cultura popular em “Eu Só Sei Que Foi Assim”

A música “Eu Só Sei Que Foi Assim (part. Caju e Castanha)” de Fabio Brazza utiliza o humor e o exagero para criar uma narrativa divertida, em que o narrador se coloca como o responsável por grandes acontecimentos da cultura mundial, mesmo sem nunca receber reconhecimento. Logo no início, ele afirma ter inspirado “Garota de Ipanema” ao assobiar para uma garota no Leblon, diz que ensinou Eminem a rimar e até foi chamado de “rap God” (deus do rap) pelo rapper americano. Essas histórias claramente absurdas fazem referência à tradição nordestina de contar causos, reforçada pela participação de Caju & Castanha, conhecidos pelo improviso e pelo humor nas rimas.

A letra ainda cita figuras como Pelé, Leonardo da Vinci e Michael Jackson, sempre colocando o narrador como peça central de eventos históricos de forma propositalmente inverossímil. O refrão “Vão dizer que eu inventei... Acredite se quiser eu só sei que foi assim” destaca o tom de brincadeira e a liberdade criativa da música. O duelo de rimas entre Fabio Brazza e Caju & Castanha, cheio de provocações e trocadilhos, mistura o rap com a embolada, enquanto a sanfona de Mestrinho traz o clima do forró e da música nordestina. No final, a canção celebra a criatividade, a cultura popular e a capacidade de rir de si mesmo, mostrando como diferentes estilos e gerações podem se unir para criar algo original e divertido.