My World

Humor e irreverência multicultural em “My World” de Fabio Guerra

Em “My World”, Fabio Guerra aposta em um tom irreverente e bem-humorado para abordar temas de desejo e sedução. Logo nos primeiros versos, como “De que dice que quiere que yo le haga un bebe” (Ela diz que quer que eu faça um bebê para ela) e “Le di baby gravy, para que lo pruebe” (Dei gravy de bebê para ela experimentar), o artista utiliza duplo sentido e gírias para tratar de sexualidade de forma leve e descontraída. Expressões como “no soy codo” (não sou mão de vaca) reforçam essa postura despreocupada, típica do trap e dos corridos mexicanos, estilos que influenciam tanto a sonoridade quanto a linguagem da música, refletindo o contexto cultural de Fabio Guerra.

A faixa gira em torno da admiração e do desejo por uma mulher, expressos de maneira espontânea e até exagerada, como em “Eres todo lo que a mí me falta” (Você é tudo o que me falta) e “Ay, que bonita estas” (Ai, como você está bonita). Fabio Guerra mistura espanhol e inglês, mostrando sua vivência entre Honduras, México e Estados Unidos, e reforçando a ideia de um universo próprio – “This is My World” (Este é o meu mundo) – onde ele se sente livre para expressar seus sentimentos sem filtros. As referências a marcas como Don Julio 70, artistas como Neton Vega e o convite para ouvir a música com a “morra” (namorada) evidenciam o tom brincalhão e a conexão com a cultura jovem e urbana. No final, a música se transforma em uma declaração de desejo e autoestima, celebrando a identidade multicultural e o estilo irreverente do artista.