Carreiro

Carreiro que leva a boiada
Conhece a estrada que vai dar no meu
sertão
O descaso é derradeiro
Pois o dia inteiro vai comendo o chão

Quando é a hora da parada
Pela madrugada, toca o violão
A fogueira acesa esquenta
Noite adentro entra e aquece o coração

Carreiro vai
Chuva e sol ta na estrada
Toda relva orvalhada
Seu suor beijando o chão

Carreiro vai
Pensamento em sua amada
Sua próxima parada
Dentro do seu coração

Carreiro vai
Vai levando a boiada
Sabe que sua chegada
Faz festa no sertão

Pega firme no berrante
Leva sempre adiante
A boiada no sertão

Cada viagem é uma vitória
E sua história
É contada no sertão

Quando chega em seu destino
Parece um menino
Brilha o seu olhar

Vê ao longe sua amada
Sem pensar em nada
Corre a lhe abraçar