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Meu Respeito

Face da Morte

Mano, te dou um conselho:
Não seja indeciso, nem se faça mais feio
Quer ter sua liberdade sem problema nenhum
Então seja você, não seja qualquer um
Não faça nada pra tentar impressionar
Não mude sua vida nem seu jeito de pensar
Pois agindo assim você será considerado
E não será usando drogas que será respeitado
Você tem a mania de se achar um valentão
Só porque puxa um fumo já se acha ladrão
Mas quando suja a barra você sai correndo então
E deixa na mão todos os seus irmãos
Você diz ser o máximo, um tremendo espertão
Mas na verdade você é um tremendo vacilão
Que tira todo mundo por causa dos seus erros
Mas quando tá muito louco não fica no sossego
Você tem a mania de dizer que eu sou careta
Mas saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda
E tem mais: onde eu chegar, sou sempre bem chegado
Não preciso pagar pau pra ser considerado
Meu amigo, me desculpe, mas você é um otário
Dói muito te dizer, mas o que eu posso fazer?
Só te digo uma coisa: seja o que você é
Pra mais tarde não ter que ouvir uma frase assim:
"aqui na banca não cola mané!"

(mano, sei que problemas você tem demais
Saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda
Mano, sei que problemas você tem demais
Saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda)

Eu sei que ainda há esperança de mudança
Pois no fundo você ainda é uma criança
Eu sei que lá no fundo ainda é um caretão
Daqueles que se drogam pra dizer que é ladrão
Meu amigo, eu tenho muita dó de ti
Pois você cheirava a leite quando eu te conheci
Hoje cheira cola perto da escola
Com sua reputação você não mais se importa
Meu amigo, me diga, o que com isso você ganhou?
Não diga que foi respeito, pois respeito você comprou
E perdeu a mina que sempre te amou
Deixou sua mãe amargurada, pois você saiu de casa
Teu pai te exonerou, de ti sente vergonha
Meu amigo, eu sei, você quer sair disso
Então ouça, pois eu sou seu amigo
Vou lhe dizer uma coisa, você acredite
Eu já fui adolescente, já passei por essas crises
E te garanto, saí dessa com muita sorte
Pois cheguei inclusive a enfrentar a morte

(mano, sei que problemas você tem demais
Saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda
Mano, sei que problemas você tem demais
Saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda)

Problemas, meu amigo, todo mundo tem
Faz parte da vida, ressalva a ninguém
Mas com a consciência nós temos que perceber
Que há meios mais fáceis de resolver
As barreiras existem, nós temos que enfrentar
E sairá vencedor quem por elas passar
Eu passei, e quero lhe ajudar a passar
Quando isso acontecer, você irá ver
Que o respeito vem a quem o merecer
E, com certeza, respeito você irá ter

(mano, sei que problemas você tem demais
Saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda
Mano, sei que problemas você tem demais
Saiba, meu respeito eu não enrolo numa seda)

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