Epitáfio Corintiano

Orgulho e eternidade corinthiana em “Epitáfio Corintiano”

“Epitáfio Corintiano”, de Faeti, retrata de forma leve e orgulhosa como a paixão pelo Corinthians faz parte da identidade do torcedor, indo além da vida. O desejo de um caixão “em preto e branco” e a presença da “bandeira do meu coringão” mostram que os símbolos do clube representam mais do que futebol: são uma forma de ser lembrado para sempre como parte da “nação” corinthiana. O pedido para que o velório seja uma festa, com “samba maneiro”, “muita música, mulheres, cerveja gelada”, reforça a ideia de que a alegria e o espírito coletivo do torcedor devem superar o luto tradicional.

O uso do termo “epitáfio” no título e na letra, especialmente em “Aqui repousa um campeão”, faz referência à tradição de homenagear os mortos, mas aqui o destaque é o orgulho de ser corinthiano, tratado como a maior conquista da vida. A metáfora do “vôo bonito, feito um gavião” faz alusão direta à torcida Gaviões da Fiel, reforçando o sentimento de pertencimento e eternidade: mesmo após a morte, o torcedor se imagina voando alto, junto ao símbolo do clube. Assim, a música celebra a intensidade da relação entre torcedor e time, mostrando que ser corinthiano é uma escolha que atravessa gerações e permanece além da existência física.