Chama Verequete/ Ogum Balailê/ Xô,Peru/ Sereia do mar

Celebração amazônica em “Chama Verequete/ Ogum Balailê/ Xô,Peru/ Sereia do mar”

O pot-pourri “Chama Verequete/ Ogum Balailê/ Xô,Peru/ Sereia do mar”, interpretado por Fafá de Belém, é uma homenagem vibrante à cultura amazônica, especialmente à tradição paraense. Ao reunir essas quatro músicas, Fafá destaca diferentes aspectos da identidade regional, misturando reverência, religiosidade e elementos do folclore em uma atmosfera festiva e envolvente. O chamado a Verequete, mestre do carimbó, vai além de um simples tributo: é um convite para valorizar as raízes culturais do Pará. A repetição do nome e o ritmo animado reforçam a importância de manter viva a memória dos grandes nomes da música popular local, algo que Fafá de Belém sempre defendeu em sua carreira.

A presença de Ogum, orixá ligado à guerra e à proteção, traz à música uma dimensão religiosa, refletindo a fé e a resistência presentes na cultura popular amazônica. O verso “Ogum Balailê, pelejar, pelejar” destaca a luta e a busca por proteção espiritual. Já a “sereia do mar” remete ao folclore brasileiro, simbolizando a conexão com as águas e a natureza da região. O trecho “Da cintura pra baixo eu sou peixe / Da cintura pra cima eu sou gente” expressa a dualidade entre o humano e o mítico, típica das lendas amazônicas. Por fim, “Xô, peru” adiciona um tom lúdico e popular, evocando festas e danças tradicionais marcadas pelo humor e pela irreverência. Assim, a música se apresenta como um mosaico de símbolos e emoções, celebrando de forma acessível e contagiante a riqueza cultural do Pará.