Morena Penha

A Fugacidade do Amor em 'Morena Penha' de Fagner

A música 'Morena Penha' de Fagner é uma reflexão poética sobre a transitoriedade do amor e a dor que acompanha o seu fim. A letra começa com uma metáfora poderosa, comparando o amor da 'morena Penha' a uma fogueira de lenha que se transforma em fogo de palha. Essa imagem sugere a intensidade inicial do sentimento, que rapidamente se dissipa, deixando apenas cinzas e vazio. A esperança de que o sorriso da amada possa trazer algum consolo à noite revela a busca por um alívio temporário para a dor da perda.

No segundo verso, Fagner expressa um desejo profundo de curar a 'febre fria' da morena com o calor de seu abraço. A 'febre fria' pode ser interpretada como a indiferença ou a falta de reciprocidade no amor. A paixão, descrita como 'fogo de palha', é efêmera e se extingue rapidamente, deixando uma sensação de vazio e tristeza. A dor que surge com o fim do amor é tão intensa que apaga toda a alegria, mostrando como a perda pode ser devastadora.

O último verso da música aborda a inevitabilidade da mudança nos sentimentos. Quando o amor perde seu vigor, nenhum carinho é capaz de trazer consolo. A metáfora do sereno que 'orvalha mas não molha' ilustra a superficialidade dos gestos de carinho quando o amor já não existe mais. A música, portanto, é uma meditação sobre a fragilidade dos sentimentos humanos e a inevitável dor que acompanha a perda do amor, temas recorrentes na obra de Fagner, conhecido por suas canções melancólicas e introspectivas.