
Paroara
Fagner
Regionalismo e humor cultural em “Paroara” de Fagner
A música “Paroara”, de Fagner, destaca-se pelo uso criativo da linguagem e pelo forte regionalismo. A canção explora diferentes sentidos da palavra “cara”, como em “queimou nossa cara” (rosto), “não tava cara” (preço), “um cara apareceu” (indivíduo) e “encheu a cara” (embriagou-se). Esse jogo de palavras evidencia a riqueza do português falado no Norte e Nordeste do Brasil, além de reforçar o tom descontraído e bem-humorado da música. O termo “paroara”, usado para se referir a pessoas do Pará, especialmente por maranhenses, já traz uma marca de identidade regional logo no início da canção.
A letra também faz referência a elementos do universo circense e das feiras populares, como “o homem de brinco e a mulher barbada”, além de personagens como o “gringo” e o “garimpeiro”. A menção a Theda Bara, atriz do cinema mudo famosa por papéis de femme fatale, aparece como uma brincadeira da vidente, misturando o exótico ao cotidiano dos personagens. Expressões como “pau-de-arara” (transporte típico de migrantes nordestinos) e “sayonara” (despedida em japonês) ampliam o mosaico cultural, sugerindo deslocamentos e encontros de diferentes mundos. Com tom leve e irônico, “Paroara” celebra a diversidade e a criatividade popular, mostrando como a linguagem pode ser um reflexo da identidade e da vivência regional.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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