
Motivo
Fagner
Reflexão sobre arte e efemeridade em “Motivo” de Fagner
A versão de Fagner para “Motivo”, baseada no poema de Cecília Meireles, ganhou destaque não só pela sensibilidade da interpretação, mas também pela polêmica envolvendo direitos autorais, já que o artista musicalizou o texto sem autorização. Esse contexto reforça o debate sobre o respeito à obra original e a relação entre permanência e efemeridade na arte, tema central da letra.
O verso “Eu canto, porque o instante existe / E a minha vida está completa” mostra a entrega do eu lírico ao presente, indicando que a motivação para criar vem de uma necessidade interna, e não de emoções extremas. A repetição de “Não sou alegre nem sou triste, sou poeta” reforça a ideia de que o artista observa e traduz a vida sem se prender a rótulos. Ao se declarar “irmão das coisas fugidias” e atravessar “noites e dias no vento”, o poeta se identifica com tudo o que é passageiro, destacando a transitoriedade da existência. Versos como “Se desmorono ou se edifico / Se permaneço ou me desfaço / Não sei se fico ou passo” expressam a incerteza sobre a própria existência e o fazer artístico. Por fim, “Eu sei que canto e a canção é tudo / Tem sangue eterno a asa ritmada / E um dia eu sei que estarei mudo, mais nada” sugere que, mesmo com a finitude da vida, a arte deixa um legado que ultrapassa o tempo do criador. Assim, “Motivo” se apresenta como uma reflexão sobre o sentido de criar, valorizando o instante e a condição de ser poeta diante da inevitabilidade do silêncio.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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