Não Vá Que é Barril

Realidade das periferias em “Não Vá Que é Barril” do Fantasmão

“Não Vá Que é Barril”, do Fantasmão, é uma música que retrata de forma direta os desafios e perigos vividos em bairros populares de Salvador, como Calabar, Alto das Pombas, Nordeste e Boca do Rio. A expressão “barril”, usada no título e ao longo da letra, é uma gíria local que significa situação difícil ou problemática. A música funciona como um conselho de rua, alertando para os riscos de se envolver em situações perigosas, especialmente em ambientes marcados por violência, tráfico de drogas e forte presença policial.

Trechos como “Ô tiradinho à miserável não bota a base atrás do trio” fazem referência a pessoas que agem de forma imprudente, principalmente durante festas como o carnaval, sugerindo que atitudes irresponsáveis podem trazer consequências sérias. As menções à Rondesp e à Polícia Civil reforçam o clima de tensão e o risco constante de confrontos com as forças de segurança nessas comunidades. A frase “Te livre a maldade que tira o direito de viver” expressa a preocupação com a vida dos moradores, enquanto o refrão repetido “não vá que é barril” serve como um aviso protetor. No final, a música transmite uma mensagem de paz e superação, como em “Aos meus inimigos só desejo o bem / O ódio só faz mal, meu velho”, mostrando o desejo de um ambiente mais seguro e harmonioso para todos.