Pega-Pega

Maturidade e saudade em "Pega-Pega" de Felipe Amorim

Em "Pega-Pega", Felipe Amorim utiliza a brincadeira infantil como metáfora para ilustrar a dinâmica de um relacionamento marcado por idas e vindas. O título já sugere esse paralelo, mas a letra deixa claro que o protagonista não quer mais participar desse ciclo. Ao dizer “Eu não sou mais criança pra brincar de pega-pega, pique-esconde”, ele expressa o desejo de amadurecimento e sinceridade, rejeitando atitudes imaturas e a falta de clareza que prejudicaram a relação.

A música retrata o cotidiano de quem tenta superar um término, mas ainda sente a ausência da pessoa amada. O ato de apagar o nome e o telefone da ex da agenda mostra a tentativa de seguir em frente, mas versos como “Liga a cobrar vou aceitar, não vou brigar, vou atender” revelam que o sentimento persiste. Expressões como “vai no orelhão, é só discar” e “sabe de cor meu celular” reforçam a esperança de reconciliação, mesmo que por um gesto simples. O trecho “Eu já mandei mensagem pra lembrar que na data de hoje faço um ano sem ficar” mostra como o tempo passa, mas a saudade e a vontade de reatar continuam presentes.

No contexto das redes sociais, a música é vista como um retrato da dor de um relacionamento em crise e da busca por honestidade emocional. A metáfora do "pega-pega" reforça a recusa do protagonista em continuar em um ciclo de incertezas, enquanto a repetição do pedido para que a ex parceira ligue ou mande um sinal evidencia a dificuldade de romper completamente o vínculo. "Pega-Pega" traduz sentimentos comuns de quem vive o fim de um relacionamento, equilibrando a tentativa de desapego com a esperança de um recomeço.