Suicide Note

Solidão e busca por sentido em "Suicide Note" de Felipe Renfro

O título "Suicide Note" já indica a seriedade do tema abordado por Felipe Renfro. Logo no início, o verso “A suicide note, but I never meant it” (Uma carta de suicídio, mas eu nunca quis dizer isso) revela uma ambiguidade dolorosa: a carta é escrita não como um desejo real de partir, mas como um pedido silencioso de ajuda. Essa dualidade entre o impulso autodestrutivo e a vontade de ser ouvido está alinhada com a proposta do álbum "ANGELUS REQUIEM", que explora o existencialismo moderno e a busca por sentido em meio à indiferença do mundo.

A sensação de isolamento aparece em versos como “I’m lost in a world that don’t care” (Estou perdido em um mundo que não se importa) e “Wrote my story, but no one will hear” (Escrevi minha história, mas ninguém vai ouvir), mostrando a dificuldade de encontrar acolhimento para a dor interna. A sonoridade melancólica, característica de Renfro, reforça o clima de luta contra pensamentos suicidas e depressão. Metáforas como “Life’s just a blur, like sand in a jam” (A vida é só um borrão, como areia presa em um vidro) expressam confusão mental e sensação de aprisionamento, enquanto “Tears fall, but they disappear” (Lágrimas caem, mas desaparecem) fala do sofrimento silencioso e não reconhecido. A repetição de perguntas como “If I’m gone, will they care?” (Se eu me for, eles vão se importar?) destaca a busca por significado e validação em um ambiente indiferente. "Suicide Note" é, assim, um retrato honesto da luta contra a desesperança e da solidão enfrentada por quem sofre com questões de saúde mental.