Aneis de Saturno
Fernando Borba
Caminhando
Pela noite da cidade eu vejo
A multidão alvoroçada indo
Pra qualquer lugar
Alguns tristes
Olhos cansados, fixos
No asfalto molhado da
Chuva que cairá!
Outros dançam
Como blocos gelados
Sem calor, sem contato
Na ânsia de alcançar
O lugar
Onde o frenesi da luz
Faz do êxtase um palco
Para brincar!
Que vontade
De abraçar cada um
E dizer que eu sei porque
A gente não pode parar
Somos destroços
De uma grande Lua
Que orbitou Saturno
Até se esfacelar!
Somos pedras
Dos anéis de um Deus soturno
O Deus das Horas
A nos devorar!
Só nos resta
Brilhar nesta noite escura
E para isso é preciso
Amar!
Quebra pedra
Tanto pó que brilha, trilhas
Papéis de seda queimam
Cacos de vidro, cristais!
Doces, balas
Se sentem livres, risos
Na verdade giram, presos
Na órbita de um gigante de gás!
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