
Feira moderna
Fernando Brant
Racismo e repressão em “Feira moderna” de Fernando Brant
“Feira moderna”, de Fernando Brant, faz uma crítica direta ao preconceito racial e à alienação social, temas que ganham ainda mais peso no contexto da ditadura militar brasileira. O verso “Tua cor é o que eles olham, velha chaga” evidencia a ferida histórica do racismo, enquanto “Teu sorriso é o que eles temem, medo, medo” mostra como até a alegria de quem sofre discriminação é vista como ameaça por uma sociedade opressora. Esses trechos refletem as inquietações da juventude da época diante da repressão e do medo impostos pelo regime.
A letra também traz imagens de comunicação e isolamento, como em “Oh! telefonista, a palavra já morreu” e “se a distância já morreu”, sugerindo um sentimento de desconexão e impotência diante das mudanças sociais e tecnológicas. O refrão “Meu coração é velho / Meu coração é morto” reforça o tom melancólico e resignado, indicando o desgaste emocional causado por uma realidade dura e repetitiva, simbolizada pela “caverna” e pelo convite “sempre igual”. Ao final, a menção a “Independência ou morte / Descansa em berço forte / A paz na Terra amém” ironiza slogans nacionalistas e religiosos, questionando a autenticidade dessas promessas em um país marcado por desigualdades e repressão. Assim, a canção se destaca como um retrato sensível e crítico do Brasil dos anos 1970, mantendo sua relevância ao abordar temas universais de exclusão e busca por liberdade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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