Fantasmas
Fernando Maltha
Pois é
E é tanta coisa acontecendo
Seus lábios tremem e temem o ar que o vento sopra
Onde estão todos à sua volta?
Ah e quando será de novo?
Ah, e quanto terei nas marcas
Nas máscaras que cobrem a minha paz
Caminhar imune, nunca mais
O relógio estacionou no momento da dor
Motivos para mais abrigo
Sem perigo adormece a nossa vontade
E o inimigo invisível é quem te adoece
Te sopra no rosto, a peste
Hoje até o Sol parece estar tímido
As rosas desbotam na lama, na chuva, no toque, nas macas
Nada disso foi vivido, e quanto mais será perdido?
E quando será de novo
Ah, e quanto terei nas marcas
Nas capas, nas máscaras que ocultam a minha paz
Ah, e quando será de novo
Ah, e quanto terei nas marcas
Nas capas, nas máscaras que ocultam a minha paz
São fantasmas, dirigindo famintos em um labirinto
Fantasmas que te prendem nas paredes frias e na solidão
Fantasmas que te isolam do mundo e não fazem curar
Fantasmas
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