Deus É Bom e o Diabo Não Presta

A Dualidade da Vida em 'Deus É Bom e o Diabo Não Presta' de Ferraz

A música 'Deus É Bom e o Diabo Não Presta' de Ferraz é uma narrativa intensa e pessoal que explora a dualidade entre o bem e o mal, sucesso e adversidade, e a luta constante para manter a integridade em meio às tentações e desafios da vida. Desde o início, Ferraz invoca a proteção divina, pedindo a Jesus que o ilumine e contando com as orações de sua coroinha, uma figura que simboliza a pureza e a fé. Essa busca por orientação espiritual contrasta com a realidade dura e muitas vezes sombria que ele enfrenta.

Ferraz descreve sua vida de forma crua e direta, mencionando o uso de Cannabis sativa e a desconfiança em relação às pessoas ao seu redor. Ele fala sobre a inveja e a traição que enfrentou, mas também sobre sua determinação em prosperar e enriquecer sua família. A letra reflete uma resistência contra aqueles que tentam ofuscar suas conquistas e uma rejeição ao lado negativo que os outros desejam ver nele. A menção ao uso de marcas de luxo como Dior simboliza não apenas o sucesso material, mas também uma forma de afirmação e resistência contra as adversidades.

A música também aborda a relação conflituosa com a autoridade, representada pela polícia, e a pressão social, exemplificada pelos vizinhos que pedem silêncio. Ferraz utiliza a música como uma forma de expressão e resistência, desafiando as normas e expectativas impostas pela sociedade. A repetição do refrão 'Eu passo, passo de carro, fumo carburando, e o diabo não 'tá' nos meus planos' reforça a ideia de que, apesar das dificuldades e tentações, ele mantém seu foco e não se deixa desviar de seus objetivos. A letra é um testemunho de resiliência e autenticidade, mostrando que, apesar das adversidades, Ferraz continua fiel a si mesmo e à sua verdade.