
Thank you Satan
Léo Ferré
Liberdade e rebeldia em “Thank you Satan” de Léo Ferré
Em “Thank you Satan”, Léo Ferré utiliza a figura de Satanás para questionar valores tradicionais e desafiar a moralidade imposta pela sociedade. Ao agradecer ao diabo, Ferré não está exaltando o mal, mas sim usando a imagem de Satanás como símbolo de liberdade, rebeldia e empatia pelos marginalizados. Ele subverte o sentido comum ao atribuir a Satanás não só o desejo e o prazer — “Pour la flamme que tu allumes / Au creux d’un lit pauvre ou rupin” (Pela chama que você acende / No fundo de uma cama pobre ou rica) —, mas também a inspiração para ideias revolucionárias, como a “prise de la Bastille” (tomada da Bastilha), e a compaixão por ladrões e condenados.
O contexto histórico e a postura anarquista de Ferré reforçam essa leitura: a canção critica a hipocrisia das instituições e celebra a transgressão como fonte de criatividade e justiça social. Ao agradecer a Satanás por “le péché que tu fais naître / Au sein des plus raides vertus” (o pecado que você faz nascer / No seio das virtudes mais rígidas), Ferré questiona a rigidez moral e valoriza a liberdade individual. O tom provocador aparece também nas ironias dirigidas a figuras religiosas e sociais, e na menção à sepultura anônima de Mozart, sugerindo que até os gênios podem ser esquecidos pelas convenções. O refrão “Thank you Satan” funciona como um grito de resistência e afirmação da individualidade, refletindo a postura desafiadora de Ferré nos palcos e tornando a música uma celebração da autonomia e da crítica social.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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