Combina Certin

A União dos Opostos em 'Combina Certin' de Fiduma e Jeca

A música 'Combina Certin' de Fiduma e Jeca explora a união de dois mundos aparentemente distintos: o urbano e o rural. A letra começa descrevendo a mulher com quem o narrador se relaciona, destacando suas gírias cariocas e seu jeito descolado. Em contraste, o narrador se apresenta como alguém criado na roça, acostumado com a vida simples do campo, arando terra e criando gado. Essa dualidade é reforçada pela diferença na linguagem, onde ele usa expressões típicas do interior, como 'porta, portêra e portão'.

Apesar dessas diferenças culturais e linguísticas, a música enfatiza que, quando estão juntos, especialmente na intimidade, essas barreiras desaparecem. A frase 'quando a luz se apaga na conversa, boca a boca, a gente fala a mesma língua' simboliza a conexão profunda que transcende as diferenças superficiais. A música sugere que, no fundo, todos somos iguais e que o amor e a atração física podem superar qualquer barreira cultural.

O refrão reforça essa ideia ao comparar os gostos musicais distintos dos dois personagens: ela gosta de funk ('tchu tcha tchu ru') e ele de música sertaneja ('plin plin plin plin digdin'). No entanto, na cama, eles 'combinam certin', mostrando que a compatibilidade vai além das preferências culturais. A última linha, 'baile funk na roça e rodeio na Sapucaí', sintetiza essa fusão de mundos, sugerindo que é possível encontrar harmonia e felicidade na diversidade.