Africanizar [Prólogo]
Filipe Lorenzo
Estava aqui na Bahia iá-iá
Híbridas memórias em iorubá
Muito pra se dizer do Banto-cá
Em todas as línguas de lá
Ê, ô Nagô, Zulu, Mali e Congo
Não me canso de te ensinar
Cadê a poesia? Griô!
Mandiga era povo! Virou!
Quilombo sem espaço, ficou!
Quero o outro lado! Condado
Cor não divide o Estado!
Reafricanizar a relação
Se hoje cor é pão, por quem fui pintado?
Se hoje vou lembrar
Um dia foram apagar
Ê ô Nagô, ê Zumbi
Ê ô Nagô, ê Bonfim
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