
Cidade Grande
Flávio José
Contrastes e saudade do interior em "Cidade Grande"
"Cidade Grande", de Flávio José, explora o contraste entre o encanto inicial da vida urbana e a desilusão que surge com o tempo. No trecho “Tua grandeza / Me levou a um delírio / Feito um colírio / Clareando o meu olhar”, o artista mostra como a cidade fascina à primeira vista, mas logo revela um ambiente de solidão, como em “Quem passou na tua janela / Já conheceu a solidão”. Essa ambiguidade reflete a saudade das raízes e da simplicidade do interior, tema frequente na obra de Flávio José, que sempre valorizou a cultura nordestina e o forró tradicional.
Natural do interior da Paraíba, Flávio José usa a letra para criticar o ritmo acelerado e impessoal da cidade, comparando-a a um “formigueiro” e questionando onde a felicidade pode existir em meio à correria. Ao chamar o progresso de “cativeiro / Onde se mata pra viver”, ele denuncia a desumanização e a busca incessante por dinheiro, que afastam as pessoas de valores simples. O medo diante da “água preta do teu rio” e a ideia de uma possível vingança da natureza apontam para preocupações ambientais e para os efeitos negativos do desenvolvimento desenfreado.
No final, ao dizer “Mas quem sou eu / Apenas um simples poeta / Que vê a vida / Com os olhos para o céu”, Flávio José se coloca como um observador sensível, pequeno diante dos problemas da cidade, mas fiel à sua visão nostálgica e à defesa das tradições nordestinas, especialmente diante da desvalorização do forró e das festas juninas autênticas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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