É Sempre Assim

Ciclos de amor e resignação em "É Sempre Assim"

A música "É Sempre Assim", interpretada por Flávio José e composta por Petrúcio Amorim e Rogério Rangel, retrata a experiência de viver um relacionamento marcado por idas e vindas. O verso-título resume a aceitação resignada do narrador diante de um ciclo repetitivo de separação e reconciliação. No trecho “Faz o que quer com a minha vida e joga fora / Como se o tempo fosse um lenço de papel”, a letra mostra como o tempo e os sentimentos do narrador são tratados com descaso, reforçando a sensação de impotência diante do amor.

A canção segue a tradição do forró nordestino ao abordar temas do cotidiano com emoção e simplicidade. Ela destaca a dualidade do amor, que faz sofrer ambos os lados — “Me faz sofrer / Sofre também / Porque o amor é uma loucura” —, mas também valoriza a raridade desse sentimento: “E um grande amor / Nem todo dia cai do céu”. Mesmo diante da indiferença e das mágoas, o narrador revela que seu coração “não tem medida e nem porteira”, mostrando-se aberto e generoso, sempre disposto a recomeçar. "É Sempre Assim" traduz a realidade de muitos relacionamentos, onde a intensidade dos sentimentos supera a razão e a saudade se torna uma presença constante.