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Sentindo Na Pele (fde)

Forma de Expressão

Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que sente
Fome, miséria, frio
Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que entende
Puta que pariu, eu sinto na pele

Bate uma revolta no peito, no coração, é tristeza
Agonia sangue bom
Escutar vários manos dizer
Que o futuro um dia pode chegar a ser
Aquele grande sonho lindo, aquela
Cena da novela pequenino menino
É foda truta, a melodia sempre tem várias notas
Psicológico alterado, sonho de conquista
Pobres favelados, pensam que não são
Capazes de atingir os objetivos conseguir vencer
Mais quem não arrisca, não petisca
Dê um tiro pro futuro e mudará sua vida
Descruze os braços, seus braços sujeito
Se sujeite a qualquer coisa, sem preconceito
Ou servente de pedreiro ou catador de latinha
Não importa de onde vem, se alimenta sua família
Trevas, trevas, luz pra você, dignidade do homem
É o proceder, a humildade de chegar e saber pedir
Aí senhor, tem um alimento pra arrumar pra mim?
O que? Não tenho não meu, passa outro dia
Não sei se vou chorar, não sei se vou sorrir
Quem nunca sentiu na pele, a agonia da pobreza
A ironia dos homens, persuasivas, palavras que
Machucam e dói, com que foi tem Deus aí
A revolta jamais, uma semente germinada ela
Precisa de água, o ser humano quando nasce
Necessita de casa, é só vendo pra crer, e quem vê
Bota fé, hoje venho decifrar oque meu mundo é

Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que sente
Fome, miséria, frio
Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que entende
Puta que pariu, eu sinto na pele

Temas abrangidos, tensão, perigo
Um olho na presa, o outro no inimigo
Rindo sobre a desgraça alheia, nunca passou fome
Nunca teve problema, andar sobre as ruas da favela
Ser considerado e ter a muringa erguida, ei tiozinho
Ei tiozinho, como você pode? Nem trampa aqui no morro
E você passa fome, eu não vou ser um traficante, muito menos
157, quem já passou na rua 10 já sentiu na pele
Ossos do ofício, então é difícil, quem está na vida do crime
Está sujeito à isso, crocodilagem, casinha, polícia, algema
No pulso, um inferno paralelo, trancado, fim de tudo
Não que eu seja um parasita, que eu reze pra vir do céu
Cada um na sua vida nasce, faz seu papel
Eu respeito suas palavras senhor, sua opinião, mais nós
Aqui no morro é um 12, ou ser ladrão sinceramente tem
Fundamento pivete, suas palavras, quem tá no morro sabe
Que não tem chance pra nada, as partes se citavam em um
Mundo maldito, é racismo certo gueto, jogam fora seu currículo
Inúteis vermes, inúteis são, pretensiosos poderosos, discriminação
Ação centrada, terno, gravata, residentes baixareis
Peritos em mancadas, INSS, previdência social
O jovem envelhece, adoece e passa mal
Quarenta anos da sua vida dedicada ao trabalho
Enriqueceu mais um patrão, morreu com mínimo aposentado
É só vendo pra crer, e quem vê bota fé
Hoje venho decifrar oque meu mundo é

Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que sente
Fome, miséria, frio
Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que entende
Puta que pariu, eu sinto na pele

Blefe, blefaram só que eu não estou mentindo
Eu canto a realidade que meu povo está sentindo
Na pele a dor de uma vida sem vitória, de um povo
Sofrido com as mãos calejadas, boias frias, camelôs
No farol é só lamento, menina de dez anos vendendo o
Corpo por dinheiro, pelo pai que a estuprou, a mãe que é
Alcoólatra, engravatado oportunista, se aproveita nessa hora
Governador fazer pião de madrugada, rotina, prazeres da carne
Só pedofilia, no outro dia coletiva perante a imprensa
Vão investir na educação no futuro da criança
Olhe por nós senhor, em que país que nós vivemos
O pai dorme com a filha, a filha tem o filho do pai
São gêmeos, pai avô, estuprador, babilônia, miséria
Um filho estupra a mãe, queima ela na viela, onde está
O bom senso e o caráter? Sumiu, eu sinto na pele de
Morar no Brasil, pelos mesmos que investem seu dinheiro
No esporte, verdadeiros traficantes, de jatos e iates
Se chegou até o morro, é que alguém foi buscar, se eleito
De novo, nem vão desconfiar, só que escolheram os pobres
Pra pagar por isso, bombeta, calça larga, na quebrada perigo
Eles invadem os barracos, forjam e matam, eu nunca vi invadirem
O planalto da alvorada, aonde estão os culpados que trás isso
Pro país, presidente, governador, hem ministro, juiz
Nos irrita a impunidade de fazerem o que querem, até quando
O brasileiro vai sentir na pele
E só vendo pra crer, e quem vê bota fé
Hoje venho decifrar oque meu mundo é

Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que sente
Fome, miséria, frio
Só quem sofre reconhece
Só quem passa é que entende
Puta que pariu, eu sinto na pele

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Composição: DuckJay / Mano Branco. Essa informação está errada? Nos avise.

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