Luar de São Paulo
Francisco Petrônio
È o meu luar
È aquele mesmo céu
Que me faz recordar
Noites distante que ainda estão
Cheias de sonhos e ilusão
Um doce olhar
Acordes de um violão
Flutuando no ar.
Ternas canções de flores e amores
Eu guardo em meu coração
Eu relembro a velha serenata
Sobre a luz de prata
E um milhão de estrelas a brilhar
E as cantigas que eu tanto cantei
E a menina que eu não beijei
E lembrando entre outras coisas belas
Moças nas janelas
Olhos mais brilhantes que o luar
Eu percebo que tudo acabou
Que esse tempo feliz passou
E mudou
Mudou toda a cidade.
Não canta mais
O menestrel de tempos atrás
Não restou
Nada nem da saudade
Não voltarão jamais
Meus tempos de rapaz
Um doce olhar
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