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Letra

    Oh, eu recordo-me ainda, deste fatal dia
    É, disseste-me, Arminda, indiferente e fria
    És o meu romance enfim, Senhor, basta
    Esquece-te de mim, amor

    Por que? Não procuras indagar, a causa ou a razão?
    Por que? Eu não te posso amar? Não indagues não
    Será fácil de esquecer. Prometa, minha flor
    Não mais ouvir falar de amor

    Amor, hipócrita fingido coração
    De granito ou de gelo, maldição
    Oh! Espírito satânico, perverso, titânico chacal
    Do mal, num lodaçal imerso

    Sofrer, quanto tenho sofrido, sem ter a consolação
    O Cristo também foi traído
    Por que? Não posso ser então, não

    Que importa, o sofrer ferino
    Das coisas é ordem natural, seguirei o meu destino
    Chamar-te, eternamente, Flor do Mal

    Composição: Domingos Correia / Santos Coelho. Essa informação está errada? Nos avise.

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