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Poeta de Alma Pura

Francisco Vargas

O Francisco não existe
Apenas vive sofrendo
Seu verso é triste, bem triste
Parece pomba gemendo
Não sei como ele resiste
Ver seu talento morrendo

Ser poeta é a reminiscência
Cultivando uma saudade
É a timidez da inocência
Fugindo da crueldade
E, agora, em plena existência
A mãe da fatalidade

Ser trovador não é nada
É um gênio, é um vulto e magia
Difícil ciência enredada
Da mestra filosofia
Que traz a vida embalada
Nos braços da nostalgia

Do meu verso ninguém fala
Também nunca eu me exibe
Bombacha, botas e pala
Eu uso desde eu guri
São fardamentos de gala
Deste pago em que eu nasci

Morre o homem e fica a fama
Pouco, nada se aproveita
Do meu verso, eu fiz a cama
Aonde a rima se deita
Lutei pra tirar da lama
Quem, hoje, me faz desfeita

Tem gente que muda mais
Do que a própria atmosfera
Ganância por capitais
Nenhum irmão considera
Mas eu não mudo jamais
Vou morrer o mesmo que eu era

Chegando o fim da jornada
No meu calvário de dor
Pobre cruz à beira estrada
Marco simples sem valor
Uma esmola, gauchada
Irmãos, me atirem umas flor'

Nem meu sono derradeiro
Por muito tempo não dura
Porque eu não deixo dinheiro
Pra rendar minha sepultura
Fica um abraço, parceiros
De um poeta da alma pura

"-E o que é ruim se bota fora, só o que é bom que se mistura."

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Composição: Francisco Vargas / Teófilo Vargas. Essa informação está errada? Nos avise.

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