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LetraSignificado

    Vertente de água um matinho nos fundo casebre corcundo que os oitões caíra
    Parece mentira meu primeiro lar
    Volto a visitar o meu peito suspira
    Foi lá que mamãe entregou a papai
    Um amor sonhado que tanto esperavam
    Por isso até hoje do peito não sai
    Revendo a tapera que os velhos moravam

    Mangueira redonda de vara e tronqueira
    Cancha de carreira que o brejo tapou
    A aranha velha de ir buscar parteira
    E os pés de fruteira que a terra criou
    A ramada grande que o papai mateava
    E os pés de roseira que mamãe plantou
    A horta de couve que eu tanto cuidava
    E o forno de barro feitio do vovô

    Naquele matinho na costa da sanga
    Eu comia pitanga e armava aripuca
    Ali se escondia nossos bois de canga
    Fugir do arado ferrão de mutuca
    A fonte de água parou de correr
    Chorei por não ver os meus pés de fruteira
    O coqueiro alto que eu comia coco
    E ainda vi o toco da Guaviroveira

    Me fui nesse trote chasqueiro do tempo
    Deixei muito longe minha infância pra trás
    Montei na garupa do meu pensamento
    Revendo a tapera dos meus velhos pais
    O que a terra cria esse tempo transforma
    E jamais retorna pro jeito que era
    Num mundo agitado a vida não espera
    Adeus meu passado querida tapera

    Composição: Francisco Vargas. Essa informação está errada? Nos avise.

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