Disk Me

Relações tóxicas e vulnerabilidade em “Disk Me” da Fresno

Na versão emo de “Disk Me”, a Fresno intensifica o drama emocional já presente na música original de Pabllo Vittar. A letra destaca o ciclo de ligações impulsivas e sentimentos contraditórios, como fica claro no trecho: “Diz que me ama quando bebe / Mas quando acorda, se esquece desse amor”. Aqui, a música expõe a fragilidade de um relacionamento marcado por declarações feitas sob efeito do álcool, seguidas de distanciamento e esquecimento. O refrão repetitivo, “Disk me, disk me, disk me”, reforça a ideia de dependência emocional e a insistência em buscar contato, mesmo sabendo que a resposta não será mais a mesma.

A regravação pela Fresno, após o sucesso da colaboração anterior com Pabllo Vittar, cria um diálogo entre o universo emo e o pop/brega funk. Ao transformar a canção em uma balada emo, a banda acentua o tom de desilusão e mágoa, tornando mais evidente o ressentimento diante de um amor que só aparece em momentos de vulnerabilidade, como em “A garrafa vazia e o celular na mão”. A letra também mostra um posicionamento firme de quem decide romper o ciclo, como em “Hoje não (hoje não) / Sem perdão (sem perdão)”, sinalizando a decisão de não ceder mais às recaídas emocionais. Assim, “Disk Me” ganha uma nova camada de intensidade emocional, mantendo o foco no tema do relacionamento tóxico, mas com uma abordagem ainda mais direta e crua.