Bicho de 7 Cabeças / A Culpa É Das Igrejas

Reflexão sobre identidade e crítica social em “Bicho de 7 Cabeças / A Culpa É Das Igrejas”

Em “Bicho de 7 Cabeças / A Culpa É Das Igrejas”, Froid faz uma crítica direta à alienação social e à perda de individualidade. O rapper utiliza referências filosóficas, como o livro “Mundo de Sofia” e pensadores como Sócrates e Aristóteles, para mostrar como as normas e expectativas sociais podem afastar as pessoas de sua autenticidade. No verso “Avisa o Sócrates que foi o Aristóteles / Que roubou minha prótese e saiu correndo”, Froid sugere que até mesmo grandes pensadores podem contribuir para essa desconexão, ao incentivar a busca por respostas externas em vez do autoconhecimento.

A música também fala sobre o desejo de fugir das pressões do cotidiano urbano e buscar autoconhecimento. O refrão, com versos como “Eu vou sair, eu preciso me mudar / Eu vou lá pro interior, vou viver perto de mim”, expressa a vontade de se afastar de ambientes opressores para reencontrar a própria identidade. Froid aborda ainda questões sociais, como desigualdade racial e de classe (“Em cotas, na cor das empregadas”), vigilância constante (“Me vigiam como os caras do Ebay”) e alienação coletiva (“Vivendo igual Matrix, ouvindo um sertanejo remix”). O título “A Culpa É Das Igrejas” provoca ao questionar o papel das instituições religiosas na imposição de regras e na limitação da liberdade individual. Ao longo da faixa, Froid e seus parceiros incentivam a reflexão sobre o papel do indivíduo diante das imposições sociais, defendendo a busca por liberdade e autenticidade.