Colibri

Liberdade e resistência em "Colibri" de Froid

Em "Colibri", Froid utiliza o beija-flor como símbolo central para expressar sua busca por liberdade e autonomia, tanto na vida pessoal quanto na carreira artística. O colibri, conhecido por sua leveza e capacidade de voar em todas as direções, representa a ideia de independência e movimento constante. O refrão repetitivo — “Eu posso voar, sou livre, livre / Pode me chamar colibri livre” — reforça essa sensação de emancipação, enquanto o verso “Só pode voar quem vive, vive” sugere que a verdadeira liberdade só é conquistada por quem se permite viver plenamente.

A letra também traz referências à cultura pop, como “sayajin” e “genki dama” de Dragon Ball, para ilustrar força, superação e a importância da energia coletiva diante dos desafios. Ao se comparar a um sayajin, Froid destaca sua evolução e resiliência, enquanto a menção à “genki dama” simboliza a busca por apoio e união. A crítica social aparece de forma direta em versos como “Fujo sinto sintomas de ufa, livre igual Lula”, relacionando a ideia de liberdade à situação política do ex-presidente Lula, e em “urinei na urna, eu odeio o sistema!”, que expressa insatisfação com o sistema político. Além disso, Froid aborda questões de identidade e superação social, como em “Pele preta, parda / Pobre, cê é de onde, Froid? / Não importa, mano, olha onde eu cheguei”, mostrando orgulho de sua trajetória. Assim, "Colibri" se destaca como uma declaração de autonomia, força e resistência, misturando metáforas, referências culturais e críticas sociais para construir uma mensagem de autoafirmação.